Despertar engajamento na etapa final da Educação Básica e oferecer experiências para uma formação consistente, com impacto positivo na vida acadêmica, pessoal, social e profissional de jovens. Embora desafiador, o novo Ensino Médio no Brasil é potencializador de oportunidades e, quanto a isso, especialistas em Educação dizem concordar.
No novo Ensino Médio, além da formação geral básica, os estudantes poderão escolher itinerários formativos com foco em grandes áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional, visando expandir sua aprendizagem e ampliar a conexão com seus interesses, aptidões, anseios e projeto de vida.
“Sabemos, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, que 22% dos alunos que concluem o Ensino Médio seguem para o Ensino Superior, enquanto os demais vão para o mercado de trabalho. Com a flexibilidade curricular, o estudante poderá ter um duplo certificado – de Ensino Médio e de Ensino Técnico Profissionalizante, por meio de itinerários integrados, desde que sejam ofertados pela própria escola ou parceiros credenciados”, apontou a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro, em seminário sobre o novo Ensino Médio realizado pela BEĨ Educação.
Segundo ela, será possível gerar ações muito interessantes no dia a dia com os itinerários. “Fornecer, por exemplo, um itinerário integrado STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), que englobe os ensinos pedagógico e técnico. Ou então, apostar em um itinerário temático, ligado à sustentabilidade ou à saúde, com um eixo ao empreendedorismo. E, até mesmo, cursar dois ou mais itinerários, de forma paralela, sem que estejam integrados.”
O secretário da Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo, que também participou do seminário da BEĨ Educação, adiantou que está em curso uma articulação em rede do Programa do Ministério da Educação (MEC) com universidades, instituições, setor produtivo e Secretarias de Educação Básica do país para avançar em parcerias de itinerários integrados.
Eixos estruturantes
Mais do que tudo, cabe às escolas públicas e privadas entenderem o novo contexto, a fim de priorizarem itinerários formativos de qualidade em seus planejamentos, pautados nos eixos estruturantes previstos nas novas diretrizes – Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo – para articular saberes e contribuir no desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões.
Para o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), Bruno Eizerik, e o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Getúlio Marques, ´os itinerários formativos, integrados ou não, precisam se manter alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ao Novo Ensino Médio e, principalmente, às particularidades de cada região do Brasil, para que não frustrem, mas correspondam às expectativas dos estudantes´.
Confira o Seminário ´Compreendendo o Novo Ensino Médio’, promovido pela BEĨ Educação na íntegra: acesse aqui